Archive for junho, 2008

A vida de Hahnemann – Juventude

Aos 16 anos, passou a estudar na Escola do Príncipe, ao mesmo tempo em que o Reitor Müller transferiu-se para lá, e seus professores reconheciam seu talento e dedicação, não lhe cobrando tarefas escritas ou cópias, e deixando que ele só assistisse às aulas que considerava importantes para sua formação. Ele não era interno na escola, e dormia na casa do reitor, a quem ajudava nas correções de lições.

Formou-se na Escola do Príncipe aos 20 anos, tendo apresentado uma dissertação em latim, como era costume na época, intitulada “A Maravilhosa Construção da Mão Humana”. Ainda aos 20 anos ingressou na Universidade de Leipzig, e daí em diante afastou-se completamente de sua casa paterna, não tendo tido oportunidade de voltar nem para as festividades. Seus anos de estudo sempre foram marcados pela dedicação de muitas horas sobre os livros e pelo trabalho paralelo para custeá-los.

junho 25, 2008 at 12:03 pm

A Vida de Hahnemann – Criança

Ele estudou em uma tradicional escola de Meissen, a Escola do Burgo, até os 16 anos. O reitor da escola, o Professor Müller, o amava como a um filho, e lecionava redação e línguas antigas. Por dificuldades financeiras, seu pai o retirou da escola algumas vezes para trabalhar e ajudar no orçamento doméstico, mas, atendendo aos insistentes pedidos dos professores, permitiu que ele voltasse a estudar, onde não lhe era mais cobrado nada. O menino Samuel tinha um excepcional talento para aprender idiomas.

Numa das vezes em que seu pai o retirou da escola, o enviou para outra cidade, Leipzig, para trabalhar numa padaria, onde vivia como aprendiz. Por gostar muito de estudar, o rapaz fugiu da padaria e voltou para casa, onde sua mãe o escondeu por vários dias, com medo da reação de seu pai, até que ela preparou o terreno para que o pai escutasse o que Samuel tinha a dizer sobre seus sonhos de vida, ligados à ciência e à pesquisa. Gostava tanto de estudar que fez um pequeno candelabro de barro para usar à noite e poder estudar escondido. Neste setênio já lia os clássicos em grego e latim.

Ainda enquanto estudante, aos 12 anos, o reitor o convida para lecionar grego em sua escola. Seus colegas também o tinham em alta consideração. Estudava muito e não fazia atividades físicas, o que o levava a adoecer freqüentemente.

junho 23, 2008 at 10:08 am

Sobre a morte e o morrer: Elisabeth Kübler-Ross

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Elisabeth Kübler-Ross, médica, é a mulher que mudou a maneira como o mundo pensava sobre a morte e o morrer. Através de seus vários livros e muitos anos de trabalho com crianças, pacientes de AIDS e idosos portadores de doenças fatais, Kübler-Ross trouxe consolo e compreensão para milhões de pessoas que tentavam lidar com a própria morte ou com a de entes queridos. Hoje, enfrentando a perspectiva da morte aos setenta e um anos, essa médica internacionalmente famosa conta a história de sua vida e aprofunda sua verdade final: a morte não existe.

Escrita com franqueza e entusiasmo, a autobiografia de Kübler-Ross reconstitui o desenvolvimento intelectual e espiritual de um destino. As convicções que enfrentaram dogmas, preconceitos e críticas, já estavam presentes na menina suíça, quando a jovem Elisabeth se viu pela primeira vez diante das injustiças do mundo e jurou acabar com elas.

Do seu trabalho na Polônia devastada pela guerra à sua forma pioneira de aconselhamento terapêutico aos doentes terminais, a seus já lendários seminários sobre a morte e o processo de morrer na Universidade de Chicago, às suas surpreendentes conversas com os que reviveram depois da morte, cada experiência proporcionou a Kübler-Ross uma peça do quebra-cabeça. Em uma cultura determinada a varrer a morte para debaixo do tapete e escondê-la ali, Kübler-Ross desafiou o senso comum ao trazer e expor essa etapa final da existência para que não tivéssemos mais medo dela.

Sua história é uma aventura do coração, vigorosa, controvertida, inspiradora, um legado à altura de uma vida extraordinária.

“As pessoas sempre me perguntam como é a morte. Digo-lhes que é sublime. É a coisa mais fácil que terão que fazer. A vida é dura. A vida é luta. Viver é como ir à escola. Dão a você muitas lições a estudar. Quanto mais você aprende, mais difíceis ficam as lições. Quando aprendemos as lições, a dor se vai.”

“Sei muito pouco sobre a filosofia da reencarnação. Não foi o tipo de educação que recebi. Mas sei agora que existem mistérios da mente, da psiquê, do espírito, que não podem ser examinados em microscópios ou testados com reações químicas. Com o tempo, saberei mais. Com o tempo, vou compreender.”

(Agradeço à Rosângela, psicóloga de Juiz de Fora que apresentou um excelente trabalho sobre a biografia dela no curso de formação de terapia biográfica.)

Para baixar o texto mais famoso de Elisabeth Kübler-Ross, chamado “A Roda da Vida”, clique no link a seguir: A RODA DA VIDA

junho 10, 2008 at 2:51 pm

A Vida de Hahnemann – Primeira Infância

Nasci em 10 de abril de 1755, no eleitorado da Saxônia, uma das mais bonitas regiões da Alemanha. É uma das razões do meu grande amor pelas maravilhas da natureza.”



Há poucas informações relativas à primeira infância de Hahnemann, sendo a maior parte delas proveniente de sua autobiografia.

Nasceu em Meissen, em 10 de abril de 1755, pouco antes da meia-noite. Meissen fazia parte da Saxônia, na Alemanha ainda não unificada, região fronteiriça à Europa Eslava. Esta região tinha tradição metalúrgica e alquímica, devido às minas de prata, chumbo e zinco. Nesta região brota o rio Elba, e suas principais cidades são Meissen e Dresden. Foi também nesta região que Martinho Lutero iniciou a Reforma Protestante.

O menino Samuel foi levado à Igreja Luterana logo na manhã do dia 11 para ser batizado, pois era muito frágil e esperava-se o pior. A parteira apadrinhou-o, após um parto muito difícil. Hahnemann é o terceiro de cinco filhos, Charlotte (nascida em 1752), Karl Gerhard (1754), o próprio Samuel (1755), August (1757) e Benjamina (1759). Sua mãe é meiga e atenciosa. Seu pai tem um lema sempre repetido: “Agir e ser sem aparecer.” Sua mãe e seu pai assumem a educação dos filhos, ensinando-lhes a ler, escrever, calcular. Mostram-lhes as belezas da natureza nos arredores de Meissen. São criados sob os preceitos da religião luterana. Seu pai usa um método especial para educar os filhos. Leva os meninos para a fábrica e deixa as meninas com a mãe. Enquanto pinta, dá-lhes um ou dois pensamentos para que possam meditar sobre eles. Depois, recolhe suas reflexões e as comenta. Com isso, molda o espírito de independência e o sentido crítico das crianças. Sua saúde é muito frágil, e esta fragilidade o acompanhará por muitos anos.

junho 9, 2008 at 9:45 am

A Vida de Hahnemann – Sua Família

Avô paterno: Christoph Hahnemann, era pintor de porcelana, tinha um irmão chamado Christian Hahnemann. Viveu em Lauchstedt, na Saxônia, onde chegou em 1707. Era uma cidade muito pequena, com cerca de 1000 habitantes, de hábitos rurais, que servia como local de veraneio dos Duques da Saxônia. Eles eram pessoas destacadas na cidade. Ele teve sete filhos, 3 meninos e 4 meninas. Christoph e seu irmão, por serem pintores de porcelana e aquarelistas, mudaram-se para Meissen para trabalhar na Manufatura Real de Porcelana, como pintores decorativos. Esta foi a profissão também seguida pelo pai de Hahnemann.

Pai: Christian Gottfried Hahnemann, nasceu em Lauchstedt, em 24 de julho de 1720, onde viveu por 14 anos. Casou-se aos 28 anos com Johanna Eleonora Deeren, filha única do alfaiate da corte, em 1748, em Meissen, onde também era pintor de porcelana. Nove meses após casado, sua esposa morreu após dar a luz a gêmeas, sendo que uma nasceu morta e a outra morreu após nove meses. O pai de Hahnemann torna-se um homem fechado, carrancudo, viúvo aos 29 anos. Em 1750, casou-se novamente, com Johanna Christiana Spiess. Compra uma casa grande em Meissen e leva uma vida próspera. Escreveu um pequeno livro sobre aquarela. Também seu irmão mais novo era pintor de porcelana. Tinha um lema e o ensinou aos filhos: “Ser e agir sem ostentação.”

Mãe: Johanna Christiana Spiess, era filha única de um capitão que estava temporariamente prestando serviço em Meissen.ho

junho 6, 2008 at 11:54 am

TV Gazeta dá merecido destaque à Homeopatia

Assista no link abaixo a matéria veiculada pela TV Gazeta, no último dia 21 de maio, sobre “Tratamento Homeopático conquista pacientes na rede pública, onde foi implantado”. A reportagem traz também uma entrevista com a Dra. Sandra Salles, da USP, e destaca as vantagens da Homeopatia para os usuários, os medicamentos que não agridem o organismo e a iniciativa do governo criando a PNPIC e abrindo para a população a opção de acesso no SUS.

http://www.tvgazeta.com.br/jornaldagazeta/video_destaques/2008/21maio08/21_mai_08_03.php

junho 4, 2008 at 9:54 am

A Vida de Hahnemann

Samuel Hahnemann

A vida de Hahnemann comporta algumas peculiaridades que devem ser observadas antes de descrevê-la pormenorizadamente. Em primeiro lugar, Hahnemann viveu mais de 88 anos, o que era extremamente raro no século XVIII. Ele nasceu em 1755 e faleceu em 1843, tendo passado a maior parte deste tempo na Alemanha, que não era um país unificado, mas um amontoado de cidades-estado que freqüentemente enfrentavam-se em disputas de poder, e que depois foram todas dominadas por Napoleão e seu exército. Nos últimos anos de sua vida ele desfrutou da fama e expandiu o nome da Homeopatia em Paris, à época a cidade mais importante culturalmente no mundo, o farol para onde todas as mentes em busca de conhecimento e novidades voltavam-se avidamente.

Esta é a história de um homem que criou uma ciência de curar eficaz, rápida e segura, partindo unicamente de fatos, os quais ele observava atentamente para só depois deles extrair hipóteses e teorias. É a história de um homem obstinado, quase arrogante, que não se curvou ao senso comum nem para evitar a fome sua e de sua numerosa família. Um homem que defendeu arduamente o ideal de curar sem prejudicar, contra uma classe médica irada que não podia aceitar que este médico de origem humilde fosse ensinar-lhes uma nova arte e ciência de curar. Um homem que até seus últimos dias cuidou de aprimorar seu legado maior à Humanidade, a Homeopatia. Hoje a Homeopatia sobrevive e expande-se pelo mundo todo, mas nada disso teria ocorrido se seu visionário fundador tivesse sido mais complacente com seu pares da época. O ódio que os seus opositores lhe nutriram abertamente em vida, hoje foi amplamente sobrepujado pelo amor e gratidão de milhões de médicos homeopatas e pacientes beneficiados pela Homeopatia.

Eu sou grato em primeiro lugar por ser um médico homeopata e, em segundo lugar, por ter tido a oportunidade de fazer este estudo da vida deste grande mestre da humanidade, um homem muito à frente do seu tempo, talvez à frente até do nosso tempo, que captou a essência da matéria e a entregou a nós todos de forma metódica para que possamos perpetuar seu trabalho de trazer saúde verdadeira a nossos irmãos e irmãs que sofrem as mais diferentes mazelas do corpo e da alma. Em sua lápide ele mandou escrever: Non inutilis vixi (Não vivi em vão). Como se houvesse alguma dúvida… Muito obrigado, Christian Friedrich Samuel Hahnemann.

junho 3, 2008 at 12:12 pm


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